Podem ser classificadas macroscopicamente quanto:
- à pele: aberta/ fechada
- ao nº de segmentos: simples, dupla, múltipla, cominutiva e farinácea.
- à localização
- ao segmento: angular, longitudinal, penetração, galho verde
- à linha de fratura.
Microscopicamente:
- Necrose óssea: lesão mais observada após a fratura.
- Necrose asséptica óssea.
- Seqüestro: na micro vê-se, na área da lesão, fragmentos (chamados seqüestro), caracterizado pela falta de núcleo nas lacunas (osteócitos). Os seqüestros são removidos pelos osteoclastos, a partir da periferia.
- Reparo: tecido de granulação (calo ósseo). 1ª fase: sangue + fibrina, formando calo hemorrágico; 2ª fase: tecido de granulação (que se diferencia em condroblasto, formando calo cartilaginoso); 3ª fase: organização da matriz cartilaginosa, formando o calo provisório (osso subcondral).
- Calo cartilaginoso.
- Substituição do calo cartilaginoso por tecido ósseo – simultaneamente à remoção da cartilagem.
Necrose Asséptica da cabeça do fêmur (Legg Calve Perthes)
- Acomete animais jovens e de porte pequeno.
- Macro: alteração na forma e modificação da cartilagem (pálida e com ranhuras).
- Micro: necrose do osso subcondral, necrose da medula adiposa e desaparecimento dos osteócitos.
Doenças metabólicas do tecido ósseo
- 3 origens: nutricional, endócrina e tóxica.
Caracterizadas por osteopenia:
1.Osteoporose
- Diminuição da massa óssea (formação de matriz).
- Reversível em jovens.
- Causas: deficiência de proteínas.
- Macro: osso cortical: diminuição da espessura e aumento da porosidade; osso trabecular: fino.
- Micro: diminuição do nº de osteoblastos, trabéculas mais estreitas, osso cortical fino com canal de Harvers amplo.
- Pouca mineralização óssea.
- Causas: deficiência de vitamina D, deficiência de Ca e P, desordens gastrointestinais e IR.
- Macro: ossos moles (mais fraturáveis), rosário raquítico (cartilagens costocondrais), deformidades e fraturas (compressão em vértebras), articulações calcificadas,abdome penduloso, pernas arqueadas.
- Micro: falha generalizada na ossificação; metáfise com excesso de osteóide não mineralizado.
- Adulto: apresenta mesmas lesões dos filhotes, mas não na linha de fratura.
3.Osteodistrofia Fibrosa (OF)
- Excessiva reabsorção óssea com substituição por tecido conjuntivo.
- Primaria: hiperparatireoidismo primário: adenomas. Raros.
- Secundária: hiperparatireoidismo renal secundário.
- De origem renal: desequilíbrios na relação Ca:P, estimulando paratireóide a liberar PTH em excesso, aumentando taxa de reabsorção óssea, causando a OF.
- Nutricional: desequilíbrios na relação Ca:P, estimulando paratireóide a liberar PTH em excesso, aumentando taxa de reabsorção óssea, causando a OF.
- Exemplos: eqüinos alimentados com dietas excessivas de grãos e pobre em vegetais; cães alimentados com muita carne fresca.
4.Osteonecrose
- Excesso de vitamina D, corticóide (atrasa cicatrização), flúor, Pb e Zn.
- O excesso desses elementos retarda atividade dos osteócitos e morte.
- Micro: lacunas vazias.
Caracterizadas por osteomegalia:
1.Osteopetrose
- Excesso de tecido ósseo por volume unitário de osso.
- Causas: excesso de vitamina D.
2.Osteopatia craniomandibular
- Rara, hereditária, terrier.
- Macro: múltiplas exostoses em crânio, mandíbula e bolhas timpânicas – animal sente dor para abrir a boca.
- Micro: proliferação óssea na superfície periostal e substituição do osso cortical por trabéculas.
3.Osteopatia hipertrófica pulmonar (Acropaquia)
- Espessamento das extremidades em função de uma lesão primária pulmonar – animal sente muita dor.
4.Panosteíte
- Panosteíte eosinofílica.
- Autolimitante (animal passa da fase de crescimento e a patologia acaba), acomete animais em fase de crescimento, raças grandes.
- Aumento da densidade óssea no forame nutriz – dor.
5.Osteodistrofia hipertrófica
- Inflamatória.
- Raças grandes, jovens.
- Claudicação, dor, tumefação das metáfises.
6.Osteocondrose
- Osteocondrite dissecante.
- Ossificação do osso endocondral.
- Articulação escápulo umeral, cotovelo e radiocarpiana são as mais acometidas.
7.Inflamação
- Osteíte
- Periosteíte
- Osteomielite
Osteomielite: ocorre necrose, remoção óssea e produção compensatória.
Causas: bactérias, vírus, fungos, protozoários.
Vias: direta, adjacente.
Processo por ação dos osteoclastos (1º estágio) para sequestrar e reabsorver o tecido.
Processo por ação dos osteoblastos (2º estágio) para regenerar e refazer o tecido ósseo.
Micro: linha cementante que delimita o local e infiltrado inflamatório.
8.Osteomielite crônica
- Além das células acima (osteoclastos e osteoblastos) há grande presença de plasmócitos (altamente basofílicos e núcleo excêntrico) e fibrose nos espaços medulares (substituição por tecido ósseo).
Neoplasias
- Osteoma: crescimento lento, osso esponjoso com tecido conjuntivo fibroso. Tecido ósseo bem diferente, trabéculas podem ter bordas de osso lamelar.
- Condroma: Benigno de cartilagem, sem atipia celular nem mitose. Crescimento no interior de ossos longos ou chatos.
- Osteossarcoma: metáfises de ossos longos do cão (extremidade distal de rádio, proximal de fêmur, tíbia e úmero) e cabeça de bovinos e eqüinos. É extra esquelético, metastático (altamente; principal foco de metástase é o pulmão). Lise + gênese (presença de superpopulação celular; áreas ricas em osteóides – há alta produção de matriz protéica). Células multinucleadas ou células tumorais gigantes. Triângulo de Codman- proliferação desordenada – descolamento do periósteo e preenchimento da região, com enrijecimento de tecido mole.
- Condrossarcoma: Altamente agressivo e metastático; massas irregulares desordenadas de cartilagem imatura. Diagnóstico: histopatologia.
- Fibrossarcoma: tecido conjuntivo em qualquer parte do corpo com destruição do tecido ósseo adjacente. Bastante comum. Alta incidência de recidiva no local.
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