terça-feira, 2 de agosto de 2011

Patologias Ósseas

Fraturas


Podem ser classificadas macroscopicamente quanto:

  • à pele: aberta/ fechada
  • ao nº de segmentos: simples, dupla, múltipla, cominutiva e farinácea.
  • à localização
  • ao segmento: angular, longitudinal, penetração, galho verde
  • à linha de fratura.
Microscopicamente:
  • Necrose óssea: lesão mais observada após a fratura.
  • Necrose asséptica óssea.
  • Seqüestro: na micro vê-se, na área da lesão, fragmentos (chamados seqüestro), caracterizado pela falta de núcleo nas lacunas (osteócitos). Os seqüestros são removidos pelos osteoclastos, a partir da periferia.
  • Reparo: tecido de granulação (calo ósseo). 1ª fase: sangue + fibrina, formando calo hemorrágico; 2ª fase: tecido de granulação (que se diferencia em condroblasto, formando calo cartilaginoso); 3ª fase: organização da matriz cartilaginosa, formando o calo provisório (osso subcondral).
  • Calo cartilaginoso.
  • Substituição do calo cartilaginoso por tecido ósseo – simultaneamente à remoção da cartilagem.
Necrose Asséptica da cabeça do fêmur (Legg Calve Perthes)
  • Acomete animais jovens e de porte pequeno.
  • Macro: alteração na forma e modificação da cartilagem (pálida e com ranhuras).
  • Micro: necrose do osso subcondral, necrose da medula adiposa e desaparecimento dos osteócitos.
Doenças metabólicas do tecido ósseo
  • 3 origens: nutricional, endócrina e tóxica.
Caracterizadas por osteopenia:

1.Osteoporose
  • Diminuição da massa óssea (formação de matriz).
  • Reversível em jovens.
  • Causas: deficiência de proteínas.
  • Macro: osso cortical: diminuição da espessura e aumento da porosidade; osso trabecular: fino.
  • Micro: diminuição do nº de osteoblastos, trabéculas mais estreitas, osso cortical fino com canal de Harvers amplo.
2.Raquitismo
  • Pouca mineralização óssea.
  • Causas: deficiência de vitamina D, deficiência de Ca e P, desordens gastrointestinais e IR.
  • Macro: ossos moles (mais fraturáveis), rosário raquítico (cartilagens costocondrais), deformidades e fraturas (compressão em vértebras), articulações calcificadas,abdome penduloso, pernas arqueadas.
  • Micro: falha generalizada na ossificação; metáfise com excesso de osteóide não mineralizado.
  • Adulto: apresenta mesmas lesões dos filhotes, mas não na linha de fratura.
3.Osteodistrofia Fibrosa (OF)
  • Excessiva reabsorção óssea com substituição por tecido conjuntivo.
  • Primaria: hiperparatireoidismo primário: adenomas. Raros.
  • Secundária: hiperparatireoidismo renal secundário.
  • De origem renal: desequilíbrios na relação Ca:P, estimulando paratireóide a liberar PTH em excesso, aumentando taxa de reabsorção óssea, causando a OF.
  • Nutricional: desequilíbrios na relação Ca:P, estimulando paratireóide a liberar PTH em excesso, aumentando taxa de reabsorção óssea, causando a OF.
  • Exemplos: eqüinos alimentados com dietas excessivas de grãos e pobre em vegetais; cães alimentados com muita carne fresca.
4.Osteonecrose
  • Excesso de vitamina D, corticóide (atrasa cicatrização), flúor, Pb e Zn.
  • O excesso desses elementos retarda atividade dos osteócitos e morte.
  • Micro: lacunas vazias.
Caracterizadas por osteomegalia:

1.Osteopetrose
  • Excesso de tecido ósseo por volume unitário de osso.
  • Causas: excesso de vitamina D.
2.Osteopatia craniomandibular
  • Rara, hereditária, terrier.
  • Macro: múltiplas exostoses em crânio, mandíbula e bolhas timpânicas – animal sente dor para abrir a boca.
  • Micro: proliferação óssea na superfície periostal e substituição do osso cortical por trabéculas.
3.Osteopatia hipertrófica pulmonar (Acropaquia)
  • Espessamento das extremidades em função de uma lesão primária pulmonar – animal sente muita dor.
4.Panosteíte
  • Panosteíte eosinofílica.
  • Autolimitante (animal passa da fase de crescimento e a patologia acaba), acomete animais em fase de crescimento, raças grandes.
  • Aumento da densidade óssea no forame nutriz – dor.
5.Osteodistrofia hipertrófica
  • Inflamatória.
  • Raças grandes, jovens.
  • Claudicação, dor, tumefação das metáfises.
6.Osteocondrose
  • Osteocondrite dissecante.
  • Ossificação do osso endocondral.
  • Articulação escápulo umeral, cotovelo e radiocarpiana são as mais acometidas.
7.Inflamação
  • Osteíte
  • Periosteíte
  • Osteomielite
Osteomielite: ocorre necrose, remoção óssea e produção compensatória.
Causas: bactérias, vírus, fungos, protozoários.
Vias: direta, adjacente.
Processo por ação dos osteoclastos (1º estágio) para sequestrar e reabsorver o tecido.
Processo por ação dos osteoblastos (2º estágio) para regenerar e refazer o tecido ósseo.
Micro: linha cementante que delimita o local e infiltrado inflamatório.

8.Osteomielite crônica
  • Além das células acima (osteoclastos e osteoblastos) há grande presença de plasmócitos (altamente basofílicos e núcleo excêntrico) e fibrose nos espaços medulares (substituição por tecido ósseo).
Neoplasias

  • Osteoma: crescimento lento, osso esponjoso com tecido conjuntivo fibroso. Tecido ósseo bem diferente, trabéculas podem ter bordas de osso lamelar.
  • Condroma: Benigno de cartilagem, sem atipia celular nem mitose. Crescimento no interior de ossos longos ou chatos.
  • Osteossarcoma: metáfises de ossos longos do cão (extremidade distal de rádio, proximal de fêmur, tíbia e úmero) e cabeça de bovinos e eqüinos. É extra esquelético, metastático (altamente; principal foco de metástase é o pulmão). Lise + gênese (presença de superpopulação celular; áreas ricas em osteóides – há alta produção de matriz protéica). Células multinucleadas ou células tumorais gigantes. Triângulo de Codman- proliferação desordenada – descolamento do periósteo e preenchimento da região, com enrijecimento de tecido mole.
  • Condrossarcoma: Altamente agressivo e metastático; massas irregulares desordenadas de cartilagem imatura. Diagnóstico: histopatologia.
  • Fibrossarcoma: tecido conjuntivo em qualquer parte do corpo com destruição do tecido ósseo adjacente. Bastante comum. Alta incidência de recidiva no local.

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