terça-feira, 2 de agosto de 2011

Sistema Genital Feminino 2

Patologias do útero



1. Torção

Causas:

  • Fêmeas prenhes, principalmente vacas.
  • Piometras.
  • Hidrometra.
  • Fetos pesados.
  • Movimentos bruscos em partos distócicos.


Resultado:

  • Comprometimento circulatório.
  • A parede uterina e placenta tornam-se congestas e edematosas.
  • Ocorrem alterações degenerativas e necróticas.
  • O feto morre e sofre mumificação ou putrefação.
2. Atrofia endometrial
  • Para ocorrer não há estimulação do ovário.
Causas:
  • Ovário não produz hormônio para estimular o endométrio.
  • Fisiológico – na senilidade quando acabam os folículos.
  • No anestro.
  • Na castração.
  • Inanição.
Macro:
  • Útero pálido.
  • Diminuição de tamanho.
  • Fino (delgado).
  • Liso.
Micro:
  • Não existe o aspecto ondular do endométrio e as glândulas são poucas.
  • As glândulas podem se tornar císticas.
3. Hiperplasia endometrial cística
  • Nas vacas e ovelhas ocorre por estímulo excessivo de estrogênio.
  • Ocorre por estímulo hormonal causado por cistos.
  • Pode ocorrer também na pseudociese.
Macro:
  • Muitas pregas.
  • Espessado.
  • Hiperêmico.
Micro:
  • Células altas.
  • Hipertróficas e hiperplásicas com citoplasma incolor.
  • Com o tempo esses animais podem apresentar endometrite e piometra.
4. Hidrometra
  • Acúmulo de líquido dentro do útero, podendo ter invasão bacteriana, levando à endometrite.
Causas:
  • Obstrução do canal cervical ou da vagina.
  • Hiperestrogenismo.
5. Endometriose
  • Tecido de endométrio em outras localizações que não sejam o útero.
  • Desconhece-se a etiologia.
  • Só ocorre em mamíferos.

6. Lesões inflamatórias

6.1. Endometrite
  • Mucosa se encontra edemaciada.
  • Superfície irregular.
  • Freqüentemente há fibrina e restos necrosados.
  • Presença de neutrófilos (infiltrado inflamatório periglandular e perivascular).
  • Geralmente esta endometrite se cronifica.
  • O endométrio necrosado é substituído por tecido de cicatrização fibroso.
  • A perda do endométrio na inflamação crônica pode causar uma perda da capacidade de síntese de PGF2 alfa = persistência do corpo lúteo (especialmente na égua e na vaca) – perda da função do endométrio.

Vias de infecção:
  • Ascendente.
  • Hematogênica.

6.2. Metrite
  • É a inflamação tanto do miométrio quanto do endométrio.
  • Presença de edema, infiltrado inflamatório e fibrina.

6.3. Piometra
  • É o acúmulo de pus na luz, com grande quantidade de exsudato.
  • Pode ser conseqüência de uma metrite ou endometrite.
  • E. coli.
  • Pode ser aberta ou fechada.
Macro:
  • A mucosa apresenta áreas necrosadas, ulceradas e hemorrágicas.
  • Áreas císticas, espessadas, brancas e secas.
Micro:
  • Tem-se infiltrado inflamatório de mononucleados e polimorfonucleados.
  • Presença de exsudato purulento na cavidade uterina.
  • Fibrose.
7. Neoplasias

7.1. Leiomioma
  • Neoplasia de origem mesenquimal (músculo liso).
  • Comum em cadelas.
  • Múltiplos no útero, cérvix e vagina.
  • Associado à hiperplasia endometrial, neoplasias mamárias ou cistos foliculares.
  • Podem estar na parede ou projetados para o lúmen.
  • O crescimento do tecido neoplásico é hormônio dependente.
7.2. Linfossarcoma
  • Na vaca acomete normalmente a tríade de órgãos: coração, abomaso, linfonodos e útero.
  • Placas necrosadas, amarelo-claras.
  • Se infiltra por parte da parede do endométrio por toda sua espessura.
Micro:
  • Linfócitos atípicos.
  • Figuras de mitose.
  • Hipercromasia.




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