1. Torção
Causas:
- Fêmeas prenhes, principalmente vacas.
- Piometras.
- Hidrometra.
- Fetos pesados.
- Movimentos bruscos em partos distócicos.
Resultado:
- Comprometimento circulatório.
- A parede uterina e placenta tornam-se congestas e edematosas.
- Ocorrem alterações degenerativas e necróticas.
- O feto morre e sofre mumificação ou putrefação.
2. Atrofia endometrial
- Para ocorrer não há estimulação do ovário.
Causas:
- Ovário não produz hormônio para estimular o endométrio.
- Fisiológico – na senilidade quando acabam os folículos.
- No anestro.
- Na castração.
- Inanição.
Macro:
- Útero pálido.
- Diminuição de tamanho.
- Fino (delgado).
- Liso.
Micro:
- Não existe o aspecto ondular do endométrio e as glândulas são poucas.
- As glândulas podem se tornar císticas.
3. Hiperplasia endometrial cística
- Nas vacas e ovelhas ocorre por estímulo excessivo de estrogênio.
- Ocorre por estímulo hormonal causado por cistos.
- Pode ocorrer também na pseudociese.
Macro:
- Muitas pregas.
- Espessado.
- Hiperêmico.
Micro:
- Células altas.
- Hipertróficas e hiperplásicas com citoplasma incolor.
- Com o tempo esses animais podem apresentar endometrite e piometra.
4. Hidrometra
- Acúmulo de líquido dentro do útero, podendo ter invasão bacteriana, levando à endometrite.
Causas:
- Obstrução do canal cervical ou da vagina.
- Hiperestrogenismo.
5. Endometriose
- Tecido de endométrio em outras localizações que não sejam o útero.
- Desconhece-se a etiologia.
- Só ocorre em mamíferos.
6. Lesões inflamatórias
6.1. Endometrite
- Mucosa se encontra edemaciada.
- Superfície irregular.
- Freqüentemente há fibrina e restos necrosados.
- Presença de neutrófilos (infiltrado inflamatório periglandular e perivascular).
- Geralmente esta endometrite se cronifica.
- O endométrio necrosado é substituído por tecido de cicatrização fibroso.
- A perda do endométrio na inflamação crônica pode causar uma perda da capacidade de síntese de PGF2 alfa = persistência do corpo lúteo (especialmente na égua e na vaca) – perda da função do endométrio.
Vias de infecção:
- Ascendente.
- Hematogênica.
6.2. Metrite
- É a inflamação tanto do miométrio quanto do endométrio.
- Presença de edema, infiltrado inflamatório e fibrina.
6.3. Piometra
- É o acúmulo de pus na luz, com grande quantidade de exsudato.
- Pode ser conseqüência de uma metrite ou endometrite.
- E. coli.
- Pode ser aberta ou fechada.
Macro:
- A mucosa apresenta áreas necrosadas, ulceradas e hemorrágicas.
- Áreas císticas, espessadas, brancas e secas.
Micro:
- Tem-se infiltrado inflamatório de mononucleados e polimorfonucleados.
- Presença de exsudato purulento na cavidade uterina.
- Fibrose.
7. Neoplasias
7.1. Leiomioma
- Neoplasia de origem mesenquimal (músculo liso).
- Comum em cadelas.
- Múltiplos no útero, cérvix e vagina.
- Associado à hiperplasia endometrial, neoplasias mamárias ou cistos foliculares.
- Podem estar na parede ou projetados para o lúmen.
- O crescimento do tecido neoplásico é hormônio dependente.
7.2. Linfossarcoma
- Na vaca acomete normalmente a tríade de órgãos: coração, abomaso, linfonodos e útero.
- Placas necrosadas, amarelo-claras.
- Se infiltra por parte da parede do endométrio por toda sua espessura.
Micro:
- Linfócitos atípicos.
- Figuras de mitose.
- Hipercromasia.
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